segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Em jogo de 6 gols, Cruzeiro e Fluminense empatam em duelo muito equilibrado. O resultado foi justo

Jogo válido pela 19º rodada do Campeonato Brasileiro, última rodada do primeiro turno. Duelo de duas equipes que estão na parte de cima da tabela. Cruzeiro vinha com os desfalques de Lucas Silva, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart. Já o Fluminense tinha só Diego Cavalieri, machucado, de desfalque.

O Fluminense venho no 4-2-3-1, com intensa movimentação do trio de meias, priorizava o toque de bola, mesmo com o Cruzeiro pressionando a saída de seus zagueiros. Na transição defesa-ataque, alternava entre tocar a bola no campo de defesa, armando o jogo desde de trás, e bola rápida para o trio de meias, formando o contra-ataque, já que o Cruzeiro se mostrou muitas vezes desorganizado. Já na transição defesa-ataque, o Fluminense era compacto, e rapidamente formava duas linhas de quatro com um jogador entre linhas. Marcava no 4-1-4-1, com Diguinho entre-linhas, em bloco médio.

Flagrante do 4-1-4-1 sem bola do Fluminense, com Diguinho entre-linhas


O Cruzeiro também venho no 4-2-3-1, com menos mobilidade do que o normal, com Willian dando profundidade pela esquerda. Na transição defesa-ataque, como sempre fez com muita velocidade, deixando algumas vezes seu quarteto de frente no mano-a-mano contra os jogadores do Fluminense. Marcava em duas linhas de quatro, deixando Julio Baptista e Marcelo Moreno mais a frente, em bloco médio/alto com curtos encaixes por setor. Como na maioria dos jogos, o Cruzeiro não foi um time compacto, e nem tão intenso como nos outros jogos. Mas desde o ano passado é assim: substitui compactação por intensidade, e seus wingers não recompõe, ficando posicionados para o contra-ataque.

Espaço deixado pela falha recomposição de Willian, que estava atrás do jogador que irá aproveitar o espaço. Observe do outro lado do campo onde Marlone fica a frente do jogador do Fluminense, preenchendo o espaço para o adversário não aproveitar.


No começo do jogo, era o Fluminense que tinha o controle, porque conseguia manter a posse de bola e o Cruzeiro não conseguia criar nenhuma chance clara de gol. Mas aos 13 minutos, Cícero cometeu penalti em Samudio e Julio Baptista fez o gol.

Muitos achavam que o Fluminense iria sentir o gol, mas depois de três minutos, cruzamento de Conca, desvio de Elivelton e gol de Wagner. Equilibrando o jogo, para deixar mais emocionante o duelo de duas equipes que buscam o gol a todo momento.

Mas, aos 21 minutos, Cícero fez o gol virando o jogo e colocando o Fluminense a frente do placar. Facilitando muito a vida do Fluminense, porque visivelmente o Cruzeiro sentiu o gol. Mas time campeão, dizem que tem sorte. Quando estava no seu pior momento na partida, cruzamento na área, Julio Baptista pegou a sobra, a bola foi fraquinha mas entrou. Sorte de Campeão.






No segundo tempo, o Cruzeiro se ajustou em relação aos contra-ataques do Fluminense. Marcelo Oliveira prendeu mais seus laterais, e deu liberdade de movimentação para o quarteto ofensivo. E deu certo: Aos 13 minutos, Marcelo Moreno fez um golaço, virou o jogo para o Cruzeiro.

Fluminense adiantou suas linhas, forçando o Cruzeiro a dar o chutão e começou a pressionar. Só que o gol não saía e cada vez mais a torcida ficava apreensiva. Aos 31 minutos do segundo tempo, Cristóvão Borges tirou o lateral-direito Bruno e colocou o atacante Kenedy. Jean foi jogar na lateral, e Cícero de volante, deixando Kenedy de winger direito, com liberdade em encostar em Fred.

No final do jogo, Kenedy empatou o jogo. Deixou o resultado mais justo, já que as duas equipes buscaram o gol e obtiveram sucesso. Jogo de 6 gols, o que é raro no Brasil.


Cruzeiro mostra que é favoritíssimo ao título, mesmo com os desfalques de seus principais jogadores. Precisa compactar mais, e continuar com a mesma intensidade no segundo turno. Já o Fluminense precisa ter mais regularidade nas atuações ao longo dos jogos. 

Por Otavio Martins