O Corinthians veio a campo no seu habitual 4-2-3-1 que tinha
Renato Augusto centralizado na linha de 3, com Petros e Malcom atuando abertos,
tendo Guerrero como o homem de referência. Este último apresentava um
comportamento já rotineiro em sua movimentação quando a equipe detinha a posse
de bola, caindo pela esquerda na construção da jogada e fechando em diagonal
quando a mesma se aproximava do seu fim. Com a bola outro fator que pode ser
destacada em uma equipe sempre tachada de retrancada foi a movimentação dos
laterais, principalmente enquanto o placar estava igualado. Ambos os laterais
sempre desciam simultaneamente mas enquanto um buscava mais a linha de fundo,
normalmente Fágner, o outro fechava mais pelo meio, próximo ao volante mais
recuado. Sem a bola a equipe fechava-se em duas linhas de 4 com o recuo dos
wingers, tendo Renato Augusto como uma espécie de para-brisa a frente da
segunda linha. A equipe marcava por zona, e passava a realizar a sua marcação
pressão quando a bola chegava nos volantes ou laterais da equipe adversária.
Movimentação de Guerrero: O atacante corintiano
constantemente buscava o lado esquerdo do campo mas, quando a jogada se
aproximava de sua finalização, entrava em diagonal, buscando assim bagunçar a
marcação adversária.
Já o Atlético-MG venho no 4-2-3-1,com Diego Tardelli tendo totais liberdade de movimentação. O time avançava suas linhas quando tinha a posse de bola. Mas, quando tinha a bola, teve dificuldade com a marcação pressão do Corinthians. Com sua movimentação, Tardelli conseguia abrir espaços na defesa do Corinthians, deixando seus companheiros em boas condições de fazer gols. Marcava em duas linhas de quatro, com uma boa recomposição dos wingers.
O primeiro tempo foi muito pegado, com a mais chances para o Atlético-MG, mas Guerrero aproveitou a baixa estatura de Marcos Rocha e fez o gol.
No segundo tempo, o Atlético-MG voltou melhor, aproveitando
as laterais, onde o Corinthians fornecia espaço. Mano percebeu que Renato
Augusto estava cansada e colocou Danilo, para com sua experiência, acalmar o
jogo.
Já o Atlético-MG colocou velocidade pra cima do Fábio
Santos. Saiu o jovem Carlos, para a entrada de Luan, O Doidinho do Galo. Mas
Levir Culpi deu azar e sua substituição não funcionou.
Aos 34 minutos do segundo tempo, Dátolo teve a chance, mas a
desperdiçou chutando na trave. Podia ser fatal.
Aos 36 minutos, Falha de Victor na bola aérea e Luciano fez
o gol. E Mano Menezes extravasou fazendo até dancinha. A vitória teve mérito
dele, armou bem a equipe, fez as substituições corretas e venceu o jogo.
Já o Atlético-MG terá que fazer milhares como os da
Libertadores do ano passado, mas dessa vez enfrenta uma equipe muito sólida
defensivamente.
Por Andrey Hugo e Otavio Martins