domingo, 12 de outubro de 2014

Tardelli decide e Brasil vai encontra identidade

Com 58% da posse, o hermanos se espalharam em um 4-1-4-1, que tinha Dí Maria partindo do centro e Messi da direita para dentro. Também aberto, Lamella participou pouco, não foi efeitivo. Pereyra foi mais util na marcação e na retenção da bola do que armando. A frente da zaga, Mascherano foi impecável nos primeiros minutos. O domínio rendeu onze finalizações a Argentina, porém com apenas dois acertos. Já o Brasil, com menos posse e esticando mais bolas, teve três finalizações, com um acerto: no gol de Tardelli, após o levantamento de Oscar e a falha da zaga que bateu cabeça. 

     Com o gol, o selecionado de Dunga melhorou no jogo, pois passou a segurar a bola e ter campo para jogar. A chance argentina veio com Messi. Danilo hesitou e Dí Maria passou em velocidade, o choque resultou em um pênalti muito discutível, que pareceu muito mais compensação por um outro não marcado, do que qualquer coisa. Messi parou em Jefferson na cobrança.

4-1-4-1 argentino contra 4-2-3-1 brasileiro. Os hermanos foram mais intensos no primeiro tempo, mas a seleção de Dunga foi mais efetiva na chance que teve.

     O segundo tempo foi muito menos movimentado do que o primeiro. O Brasil dominou mais e teve mais as ações do jogo com quatro a três finalizações certas. O gol de Tardelli na cobrança de escanteio ajudou a matar o jogo com mais rapidez. 

     Pouco antes do tento brasileiro, Martino colocou Pastore e Higuain nas vagas de Lamela e Aguero. Nas alterações, claramente a procura por mais participação. Tanto no meio quanto no ataque. Porém o gol, já narrado acima, matou um pouco dessa estratégia.

     Neymar foi trabalhar na referência e Tardelli deu lugar a Kaká. Na linha de três, o tricolor ocupou a faixa central. Tata colocou Enzo na vaga de Pereyra e armou um 4-2-3-1 nos minutos finais. Com Pastore e Dí Maria abertos, e Messi mais próximo a Higuain, no centro. Porém, sem sucesso. Os hermanos não pressionaram, nem levaram perigo a meta de Jefferson.

    A vitória brasileiro dá moral para a sequência de trabalho, mesmo precisando de alguns ajustes e uma melhor definição do estilo, o Brasil de Dunga vai caminhando.


Por Raí Monteiro (@_RaiMonteiro)