Barcelona e PSG vieram ao Camp Nou com o objetivo de ocupar a ponta do grupo F. Para a surpresa de muitos, Luis Enrique escalou o time catalão num ousado 3-4-3 sem laterais, e com 3 zagueiros de estatura alta, para não sofrer pelo alto, com Mathieu sendo um zagueiro mais aberto para cuidar de Lucas, o que não deu certo.
Além disso, os comandados de Luis Enrique tentaram emular o 3-4-3 holandês de Rinus Michels e Cruyff, com quatro homens atacando por dentro, no formato de losango, com triangulações e superioridade numérica na meia cancha. Pedro era como um "ala-ponta" que sem a bola voltava demais para recompor o espaço pela direita, tanto que ele quase se alinhava aos três zagueiros, sem contar que o mesmo, junto de Neymar ficavam bem apertos para serem opções de alargar o campo e executar o "facão", tanto que o primeiro marcou um golaço executando esse movimento, e dar espaço para o Barcelona trabalhar na intermediária
Messi não podia ser classificado nem como meia e nem como atacante nesse esquema, já que, com a bola, a sua função tática era simplesmente circular entre o centro e a direita.
Barcelona postado defensivamente no 4-3-3, percebe-se que Pedro está quase alinhado aos zagueiros, sendo ele o vértice direito do losango. |
O PSG, por sua vez, veio a campo num 4-4-2 britânico em que Matuidi era um "winger" mais posicionado por dentro, para deixar que Maxwell cuidasse de Pedro, o único jogador do Barcelona que atacava por aquele setor, porém, no lance do gol de Messi, o lateral esquerdo ficou indeciso se cobria David Luiz, ou se ficava mais atento a Pedro, que poderia executar o facão. Com a bola, o PSG atacava quase como um 4-3-3, em que Lucas infernizava Mathieu.
PSG posicionado no 4-4-2 britânico, compacto, marcando por zona, procurando diminuir o espaço de jogo do Barcelona para o time catalão não entrar na área. |
Na segunda etapa, com Pastore e Lavezzi pelos os lados, o PSG procurou ocupar o campo de ataque, em busca do resultado, mas Luis Enrique mudou o Barcelona para um 4-3-3 (com quatro zagueiros na linha de defesa) que aproveitou os espaços deixados para ampliar o placar e conseguir o primeiro lugar.
A ideia de emular o 3-4-3 de seus ídolos do passado é boa, mas é preciso ter mais organização do esquema em campo, e utilizá-lo mais vezes para que a equipe consiga emular a dinâmica proposta pelo sistema.
Por Diogo R. Martins (@diogorm013)