O ano de 2014 do Atlético-MG começou sobre dúvidas. Saía Cuca, campeão da Libertadores, e entrava Paulo Autuori, que vinha de trabalhos muito ruins. Outra dúvida era se o time iria manter o mesmo ritmo de 2013, após o vexame no Mundial.
Sai Cuca entra Autuori. Resultado: Outro péssimo trabalho com eliminação nas oitavas de final da Libertadores, derrota na final do Estadual para o Cruzeiro e demissão após a 1º rodada do Brasileirão
Autori chegou com um desafio: montar o time do Atlético-MG em busca do bicampeonato da Libertadores, maior torneio da América do Sul. Percebendo os erros de Cuca, ele montou um time com maior solidez defensiva porém não tinha a mesma intensidade do ano passado, que fez o time ter viradas heróicas. Para fazer isso, teve que montar a equipe com apoio alternado dos laterais e maior posse de bola, porém com muitos toques.
Manteve o esquema tático 4-2-3-1, e praticamente a mesma escalação do mundial. O desafio mesmo era arrumar a defesa. No começo da temporada o time sofreu menos gols, porém não conseguiu arrumar a cobertura quando o lateral apoiava. E isso custou caro. Eliminação para o Atlético Nacional nos últimos minutos do jogo de volta no Horto.
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Foi desse jeito que o Atlético-MG foi para o jogo de volta da Libertadores. |
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Falha na cobertura do apoio do lateral que custou a eliminação da Libertadores. |
Chegada de Levir Culpi: Maior intensidade porém muitas falhas de recomposição
Levir Culpi voltou ao Atlético após péssimo trabalho de Autuori. Assumiu o time com o objetivo de manter a solidez defensiva e devolver a intensidade do time de Cuca.
Obteve um começo promissor, com uma vitória polêmica no clássico contra o Cruzeiro, porém sofria muito com a recomposição, deixando o time muito espaçado.
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Erro de recomposição de Tardelli no jogo contra o Flamengo onde o Atlético foi derrotado de virada. |
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Assim veio o time do Atlético para o clássico contra o Cruzeiro. Maior solidez defensiva pela direita com Otamendi e maior intensidade e velocidade com Tardelli e Fernandinho.
Cruzeiro 2x3 Atlético-MG: Clássico onde Levir Culpí descobre Carlos resolvendo o problema na recomposição e devolve a intensidade ao Atlético
Levir Culpi veio para o clássico no Mineirão com 4 atacantes e 1 meia fazendo a função de segundo volante. No papel parecia ser ofensivo. Porém, com sua velocidade, o Atlético-MG jogou no contra-ataque e descobriu Carlos, que resolveu a recomposição pela esquerda.
Desse jeito o Atlético veio para o clássico no Mineirão contra o Cruzeiro.
Recomposição muito boa de Carlos formando a linha de quatro no meio, sem ter referência somente o lateral e dando liberdade de marcação para Diego Tardelli puxar o contra-ataque.
Viradas históricas na Copa do Brasil coroando com o título o ótimo trabalho de Levir Culpi á frente do Atlético-MG.
Levir Culpi armou o Atlético na Copa do Brasil com Pierre e Leandro Donizete de volantes, Dátolo, Carlos e Guilherme o trio de meias e Tardelli mais a frente. Desse modo, obteve uma virada heróica contra o Corinthians, onde só os deuses do futebol poderiam prever. Com muita intensidade, usando a pressão do estádio e aproveitando o relaxamento do Corinthians passou para a semifinal.
Na semifinal a história se repetiu. Porém, o iluminado Luan entrou na vaga de Guilherme machucado e foi decisivo contra o Flamengo, levando o time a final da Copa do Brasil.
Na final, viria o maior rival Cruzeiro. Era a chance de se vingar do Estadual. Porém, em um torneio muito maior. E deu no que deu. O Atlético intenso e muito melhor fisicamente venceu o Cruzeiro cansado, desgastado coroando o ótimo segundo semestre no trabalho feito por Levir Culpi.
Time base do Atlético-MG que foi campeão da Copa do Brasil
Manteve o 4-2-3-1, deu maior intensidade ao time, ajustou a recomposição com Carlos e foi coroado com o título da Copa do Brasil em cima do maior rival.
Por Otavio Martins
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