Atlético-PR
fez o seu segundo jogo pelo torneio amistoso Casino Marbella Cup. Após ter
perdido a primeira partida, o Furacão perdeu desta vez para o time chinês
Guangzhou por 2 x 1. Diferentemente da estreia do torneio, desta vez Claudinei
Oliveira começou com Douglas Coutinho no lugar de Edigar Junio, mas manteve o
4-2-3-1 desde o começo da sua passagem no clube:
Na
partida, o Atlético-PR no 4-2-3-1 e o Guangzou foi no 4-3-1-2. Obs: a escalação
com nome e número do time chinês não foi possível de captar de todos.
Flagrante
do 4-3-1-2 do Guangzhou com os brasileiros Ricardo Goulart e Elkesson
(Reprodução: TVCAP).
Do
início do primeiro tempo até o meio do mesmo, o Atlético-PR jogou tendo que
propor o jogo, já que o Guangzhou posicionava a sua marcação em bloco médio/
baixo. Para tal saída de bola, o Furacão realizava a saída de três ora com
Deivid ora com Hernani recuando entre os zagueiros e empurrando os atacantes
chineses com os avanços sem bola dos laterais rubro-negros.
Com
Deivid recuando entre os zagueiros, os laterais Daniel Borges e Natanael
empurravam os laterais do Guangzhou, pois estes dois os acompanhavam até o fim
do terço central do campo (Reprodução: TVCAP).
Ao
marcar em bloco médio/ baixo, o Guangzhou atraia o Atlético-PR para o seu campo
defensivo. Como o time chinês era obediente taticamente, veloz e todos
balançavam defensivamente para o lado da bola, a geração de superioridade
numérica defensiva no setor da bola era constante. Deste modo, a retomada e o
contra-ataque do Guangzou aconteceram freqüentemente.
Com
todos os jogadores do Guangzhou balançando defensivamente para o lado da bola e
com o atacante do lado acompanhando o lateral atleticano até o fim do terço
central do campo, a superioridade numérica era gerado constantemente. No caso
da imagem acima, a bola está com Natanael e o time chinês fez 4 x 2 dentro do
setor da bola. A retomada para o contra-ataque veloz foi constante.
Um
exemplo de todos os jogadores do Guangzhou balançando para o lado da bola e veja
como os três da “frente” recuavam somente até o fim do terço central do campo
(Reprodução: TVCAP).
Além
desta transição defesa-ataque veloz, o Guangzhou também aproveitava a
deficitária marcação dos wingers rubro-negros. Como Douglas Coutinho e Dellatorre
só marcavam os laterais adversários, o time chinês, através de movimentação e de
passes curtos rápidos, achava freqüentemente um jogador de meio de campo livre
na intermediária defensiva do Atlético-PR.
Com
os wingers só marcando os laterais adversários, o sistema defensivo do
Atlético-PR apresentava falhas. Como os quatro defensores se posicionavam em
linha, sobrava para Deivid e Hernani fazerem toda marcação na intermediária
defensiva do Furacão. Uma vez que somente estes dois jogadores não conseguiam
cobrir o setor entre o lateral e o winger (setor azul), o portador da bola e as
possíveis linhas de passes deste (linha pretas pontilhadas), o Guangzou
conseguia facilmente chegar à frente da área de Weverton.
Vendo
a tamanha facilidade que o Guangzhou chegava para ameaçar o gol de Weverton e
como o placar já estava 2 x 0 para o time chinês, Claudinei Oliveira fez com
que os seus wingers passassem a marcar por setor em vez de individual. Deste
modo, o Guangzou parou de ter tantas opções de passes em seu campo ofensivo e o
Atlético-PR parou de sofrer gol na partida.
Com
Douglas Coutinho e Dellatorre marcando por setor, o posicionamento defensivo no
4-4-1-1 ou 4-4-2 foi freqüentemente realizado pelo Atlético-PR (Reprodução:
TVCAP).
Agora
com o sistema defensivo ajustado, o Atlético-PR precisava fazer gols. Como é
início de pré-temporada e como o sistema ofensivo é o mais prejudicado nesta
fase preparatória, o Furacão pouco ameaçava o gol do Guangzhou. Já que Douglas
Coutinho atuava somente aberto em toda fase ofensiva (assim atrapalhando as
ultrapassagens de Daniel Borges e não fazendo a diagonal ofensiva), Bady pouco
participava da jogada no terço ofensivo e Dellatorre fora de ritmo de jogo, o
centroavante Cléo pouco recebeu a bola para finalizar.
No
meio do segundo tempo, Claudinei Oliveira começou a fazer as substituições.
Entraram Edigar Junio, Olaza, Otavio, Felipe e Bruno Mota nos lugares de
Dellatorre, Natanael, Hernani, Douglas Coutinho e Bady, respectivamente. Com
tantos jogadores entrando, o sistema ofensivo teve um menor rendimento, mas o
defensivo se manteve no nível que estava. Já que Edigar Junio e Felipe
constantemente balançavam para o lado da bola e não davam os espaços que o
Guangzhou queria.
Assim
que entraram Bruno Mota e Felipe, o posicionamento do trio de mais foi a do
flagrante acima: Felipe na direita, Bruno Mota no centro e Edigar Junio na
esquerda (Reprodução: TVCAP).
Após
alguns minutos, Felipe e Edigar Junio trocaram de lado. Na direita, assim como
atuou no Joinville em 2013 e 2014, Edigar Junio realizou uma sequência de
dribles curtos e deu a assistência para o gol de Cléo (Reprodução: TVCAP).
Como
o Guangzhou ainda estava com a vantagem no placar, este time chinês manteve a
mesma postura que teve do início da partida: posicionava em bloco médio/ baixo,
com todos balançando defensivamente para o lado da bola, com intensidade quando
ela era necessária e trocando passes curtos rápidos.
Flagrante
do segundo tempo com o Guangzhou posicionado em bloco médio. Os contra-ataques
velozes foram as principais jogadas do time chinês contra o Atlético-PR
(Reprodução: TVCAP).
Fim
de partida: Atlético-PR no 4-2-3-1 e Guangzhou no 4-3-1-2.
Por Caio Gondo (@CaioGondo)