sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Inter mostra evolução e garante os 3 pontos diante da La U, na Libertadores

Em um jogo cheio de emoções, o Inter venceu a Universidad do Chile pela Copa Libertadores e garantiu os primeiros 3 pontos na competição. Apesar de ter mostrado algumas deficiências, a equipe de Diego Aguirre mostrou evolução e teve a sua melhor apresentação na temporada até o dado momento. Destaques para D'Alessandro e Alex - Alex entrou na segunda etapa para mudar a história do confronto.

1o tempo: Inter com a posse, mas Universidad cria as melhores chances

Aguirre postou a sua equipe no 4-2-3-1, já tradicional desde os tempos de Abel, mas com peças diferentes, que deram uma nova dinâmica à formação. Tendo Nilton e Aranguiz como os volantes, a linha de meias tinha Jorge Henrique aberto no lado esquerdo, Dale na direita e Vitinho centralizado, com Sasha na referência de ataque. O detalhe é a característica apresentada no primeiro tempo: a intensa troca de posição e movimentação dos jogadores, conceito moderno que ainda não havia aparecido na equipe com Diego Aguirre no comando. Vitinho e D'Alessandro trocavam de posição constantemente, principalmente nos momentos de transição defensiva, onde - por incrível que pareça - Vitinho, 21 anos, não acompanhava a subida dos laterais e não dava combate nos adversários, enquanto D'Ale, no auge dos seus 33 anos, foi o responsável por efetuar quatro desarmes no lado esquerdo de defesa do Colorado na primeira etapa. Assim como Dale e Vitinho, Jorge Henrique e Sasha faziam o mesmo pelo lado esquerdo, com Sasha por vezes voltando para fazer a recomposição defensiva e Jorge Henrique fazendo o falso-9. 

Heatmap de Sasha: 
mesmo sendo o referência, participação em todos os lados do campo

Destaque também para Aránguiz, que se desprendia constantemente da linha de volantes, fazendo com que o Inter por vezes formasse um 4-1-3-2 "torto", aproveitando também a subida de Vitinho. 
A Universidad do Chile defendia-se no 5-3-2, com o volante Guzmán Pereira - de boa atuação - formando a 1a linha como terceiro zagueiro, mesmo que ligeiramente à frente dos companheiros Suárez e González no alinhamento defensivo. Na hora de atacar, os laterais Magalhães e Rojas se projetavam simultaneamente, configurando um 3-5-2. 

Com uma defesa sólida e uma rápida transição defesa-ataque, a Universidad teve as melhores chances da primeira etapa - mesmo sem ter a bola na maior parte do tempo. Destaque para o chute de Lorenzetti na trave aos 11 minutos, após um erro de passe de Nilton. Os erros de passe dos volantes, por sinal, foram o principal problema Colorada na primeira etapa. O Inter foi pressionado quando perdeu a bola em seu campo defensivo, o que ocorreu em mais de uma oportunidade.

Mesmo com a La U mais perigosa, quem tinha a incumbência de propor o jogo era o Inter. O problema é que o time chileno só dava espaço - e muito - pelas extremidades, nas costas dos seus laterais. Léo e Fabrício tinham liberdade para chegar à linha de fundo e o faziam a todo o momento, mas sem criar chances de perigo a favor do time da casa. Destaque negativo para Léo, que mais uma vez mostrou deficiência na hora de apoiar. Ao todo, o Colorado errou 22 cruzamentos em todo o jogo e acertou apenas 7 lançamentos na área,

Errando muito, o Inter conseguiu abrir o placar em função de uma jogada pessoal: D'Alessandro entrou a dribles na área, foi derrubado e marcou de pênalti no final da primeira etapa.

1o tempo: Inter pressiona, La U é mais perigosa

2o tempo: Aguirre mexe, Alex entra e Inter melhora na partida

O Internacional voltou para o segundo tempo mais interessado na partida, com maior intensidade e maior índice de acerto de passes. Mesmo com a vantagem no placar, o Colorado passou a agredir mais o adversário. A grande mudança de postura, entretanto, se deu a partir da entrada de Alex no lugar do inoperante Vitinho. Ele ingressou na equipe atuando como meia no lado direito - Dale passou a atuar centralizado. Alex deu uma dinâmica diferente ao meio-campo Colorado. Com ele, o Inter passou a trocar passes com maior lucidez e ter o controle sobre o adversário. E foi dele o lance que definiu a partida: em uma bola retomada por Aránguiz, Alex descolou um lançamento magistral para Jorge Henrique, que saiu na cara de Jhonny Herrera e fez 2-0.

A partir dos 20 minutos, a La U passou a agredir o Inter com mais força. Lorenzetti, com muito espaço pelo lado esquerdo, passou a criar oportunidades de perigo para os Chilenos. Em um lançamento longo, ele achou um companheiro livre às costas de Fabrício. A bola foi escorada para Canalles, que descontou: 2 a 1. Detalhe: cansado, D'Alessandro, de intensa movimentação ao longo de todo o jogo, não acompanhou Lorenzetti na origem do lance.

Sentindo o bom momento da La U, Aguirre sacou Jorge Henrique e colocou Nico Freitas para fechar os espaços no meio e apostar num contra-ataque. A estratégia do uruguaio deu certo: em mais um erro de passe do adversário, Nilton achou Aránguiz, que serviu Sasha: 3 a 1.

2o tempo: La U em cima, Inter no contra-ataque