sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Na estréia na Libertadores, Cruzeiro empate sem gols na altitude de Sucre

O empate sem gols ficou bom pra ambas equipes.
O Cruzeiro tentou jogar, mas errou muitos passes na transição defensiva enquanto os bolivianos criaram mais, mas erraram muito.
A equipe boliviana não vem passando por bons momentos. Dispensou quatro atletas no último fim de semana, após derrota para o lanterna do Campeonato Boliviano.
Enquanto isso, o Cruzeiro vinha de vitória no fim de semana pelo Campeonato Mineiro.
A equipe comandada por Marcelo Oliveira foi a campo no tradicional 4-2-3-1, com Henrique e Willian Farias fazendo a contenção da zaga. A linha de três meias tinha De Arrascaeta centralizado, Marquinhos na direita e Willian na esquerda. Damião era a referencia no ataque cruzeirense. Os brasileiros encontraram dificuldade na transição defesa-ataque, na troca de passes e na articulação das jogadas.
De Arrascaeta foi marcado em cima por Silvestre e deixava a desejar na armação. Apesar disso, o quarteto ofensivo cruzeirense trocava bastante de posições. É bom lembrar que a estratégia armada por Marcelo Oliveira para não ficar “correndo atrás da bola”, foi muito boa. Os atletas só intensificavam a velocidade em jogadas perigosas, de contra-ataque, para não se desgastarem na altitude de Sucre. 
Linha de três meias do Cruzeiro com Arrascaeta centralizado, armando, Marquinhos na direita e Willian na esquerda. Damião na frente, tentando se desvencilhar da zaga. (Foto: Reprodução/TV Globo)
O Universitario Sucre veio a campo no 4-5-1, com 3 volantes e dois meias, Silvestre na contenção da zaga, Ribera na direita e Cuesta na esquerda, além de Castro aberto na esquerda e Bejanaro no flanco direito, povoando o meio-campo. Martín Palavicini era a referencia no ataque. 
Damião tenta prender a bola no campo de ataque, mas é cercado por dois marcadores que pressionam e conseguem roubar a bola. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Os bolivianos criavam mais, mas não encontrava espaços no bom sistema defensivo cruzeirense, formado por Fabiano, Paulo André, Léo e Meña, que se mantinha compacto, negando os espaços.
Sistema defensivo boliviano marcando em cima e recompondo rapidamente. (Foto: Reprodução/TV Globo)
No intervalo, Willians entrou no lugar de Willian Farias, fazendo sua estréia com a camisa celeste. A melhor chance brasileira foi com Leandro Damião, aos 5’ da segunda etapa. O atacante dominou dentro da área, fintou o zagueiro e chutou. Passou perto.
Jogar na altitude não é fácil. 2.800m acima do mar não é normal.
Mas mesmo assim, o Cruzeiro jogou de igual pra igual com o nono colocado do Campeonato Boliviano e conseguiu um ponto precioso na caminhada pela classificação para a próxima fase.