segunda-feira, 9 de março de 2015

Corinthians mostra superioridade tática e adaptação às diversas fases do jogo, e mantém o tabu no Morumbi

A princípio, o que se viu da postura de Corinthians e São Paulo no Morumbi foi o mesmo. O Tricolor Paulista, dessa vez no 4-2-3-1 com Ganso centralizado (que ficou mais refém da eficiência marcação por zona que limita os espaços para que o camisa 10 consiga jogar), mas sem deixar de lado a proposta de manutenção da posse de bola, procurando ser ofensivo, com Denílson fazendo a saída de três entre os zagueiros. O Corinthians veio com a mesma proposta reativa do jogo contra o San Lorenzo, mantendo a intensidade de jogo.

São Paulo posicionado no 4-2-3-1 (Reprodução: TV Bandeirantes)


Aos onze minutos, quando os times ainda estavam procurando se ajustar em campo, Danilo abriu o placar, sendo novamente o carrasco do tricolor paulista, numa falha de recomposição do São Paulo na rápida cobrança de lateral corinthiana. 

Frame tático de um dos lances capitais do Majestoso (Reprodução: TV Bandeirantes)

O São Paulo teve mais posse, como sempre, avançando suas linhas para recuperar a bola e sair rápido, com Centurión tentando se sobressair com a jogada individual, enquanto que Gil anulava Luís Fabiano e os demais jogadores do Corinthians o deixavam em impedimento junto dos meias tricolores. Marcação eficiente do time visitante, que recuava as suas linhas, bloqueava o espaço dos volantes tricolores que muitas vezes iniciavam as jogadas, compactando em duas linhas de quatro.

Corinthians compacto, negando e espaços para que o São Paulo conseguisse se impor. (Reprodução: TV Globo)

Corinthians foi fiel ao seu modelo de jogo, um time obediente taticamente, compacto, e com suas variações táticos que propõem uma adaptação às diversas fases do jogo, e que por isso mostrou a sua superioridade, sobrando intensidade, mas que muitas vezes deixou de atacar ou contra-atacar, embora o Tricolor tivesse a chance de mudar a história do jogo com a penalidade defendida por Cássio. 

Muricy alterou, tentando deixar o seu time mais ofensivo ainda, com Michel Bastos na lateral, Kardec e Luís Fabiano enfiados, Cafu e Centurión tentando impor superioridade pelos flancos, mas, diante de uma forte sistema defensivo, obedientes taticamente, porém, não faltou movimentação por parte do tricolor paulista, mas muitas vezes se viu falta de compactação e recomposição, dando assim espaço para que o Corinthians em poucos toques conseguisse levar perigo a Ceni.

O Corinthians mereceu a vitória, buscando um futebol moderno, ora ofensivo, como se viu nos primeiros jogos da Libertadores, ora reativo, mas que sempre tem um objetivo: a vitória. 

Por Diogo R. Martins (@diogorm013)