Domingo. 1º de Março de 2015.
Sol. Praia. Rio de Janeiro. 40 graus.
No dia em que a Cidade Maravilhosa completou 450 anos de
existência, nada melhor que assistir um clássico no Maracanã.
Flamengo e Botafogo. Líder e vice-líder do Carioca.
Em campo, um jogo movimentado, com as equipes buscando o
gol.
O Flamengo, de Luxemburgo, saiu do tradicional 4-2-3-1 e foi
a campo no 4-3-3, com três volantes. Jonas na contenção da zaga, Márcio Araujo
na esquerda e Canteros na direita formando a trinca de volantes. O sistema
ofensivo rubro-negro era formado por Gabriel na esquerda, Cirino na direita e
Alecssandro na frente.
Já o Botafogo de Renê Simões, se organizou no 4-4-2, com William Arão e Marcelo Mattos na proteção da zaga. Diego Jardel e Tomás
abertos pelos flancos direito e esquerdo, respectivamente. Bill e Jobson se
movimentavam no ataque.
A equipe rubro-negra dominou a posse de bola durante toda a
partida. Já dizia o ditado: “Posse de bola não ganha jogo”. E foi isso. O Fla
usava os laterais (Léo Moura apoiava muito e Pará era menos ofensivo) para
apoiar. A jogada era cruzar para Alecssandro e Cirino tentar marcar. No total,
foram 36 cruzamentos para os rubro-negros, com apenas 03 certos.
O Fla dominava o jogo, com ampla posse de bola (56,1% a
43,9%), mas falhava no efetivo e compacto sistema defensivo alvinegro. Sem a
bola, os botafoguenses formavam duas linhas de 4 e impediam a penetração dos
atacantes rubro-negros.
O alvinegro de General Severiano saía nos contra-golpes, com
a velocidade de Jóbson e com Bill saindo da área, fazendo o pivô e atraindo o
zagueiros. O centroavante botafoguense até conseguiu tirar Samir do jogo,
machucado. Bressan entrou, ainda na primeira etapa para formar dupla com
Wallace.
O golpe fatal veio aos 37’ da etapa final. Tomas dominou na
entrada da grande área e arriscou. A bola tocou na trave, foi em cima de Paulo
Victor (que imaginava q ela sairia) e entrou. 1 a 0.
Paulo Victor é um dos melhores goleiros no momento aqui no
Brasil, mas falhou. Como todos falham.
Jefferson continua sendo Jefferson. Salvando o Botafogo.
Saindo bem nos cruzamentos, escanteios, defendendo e salvando como pode. Como
salvou no atraso de Diego Giaretta, que quase abriu o
placar para os
rubro-negros.
No clássico da despedida oficial de Léo Moura, melhor para o
reconstruído Botafogo que foi mais objetivo e eficiente nas finalizações (6
acertos e 3 erros para o Bota e 3 acertos e 7 erros para o Fla).
Com a vitória
o Fogão manteve a liderança com 19 pontos e tirou o Flamengo do G-4 do Carioca,
com 14 pontos.