segunda-feira, 4 de maio de 2015

Guia Tático Brasileirão 2015: Atlético-MG

O ano de 2014 foi praticamente perfeito para o Clube Atlético Mineiro. Após vencer a Copa do Brasil, conquistar a Recopa Sul-Americana e terminar o Campeonato Brasileiro em 5º lugar, o Atlético-MG tinha a vaga garantida na fase de grupos da Libertadores na atual edição.

O ano de 2015 começou e mercado da bola se movimentou. Diego Tardelli, principal atacante atleticano, recebeu proposta milionária chinesa, mais precisamente do Shandong Luneng, onde está o técnico Cuca e não teve escolha: foi para o Oriente. Sem falar nas perdas de Réver para o Internacional, Serginho para o Vasco, Alex Silva que voltou para o Sport, Pierre para o Fluminense, entre outros.

Mas a diretoria já imaginava a perda de Tardelli. Não pensou duas vezes. Ainda em 2014, trouxe Lucas Pratto, atacante, argentino, ex-Vélez Sarfield, destaque no Camp. Argentino e Libertadores. Trouxe também Sherman Cárdenas, meia colombiano, ex-Atlético Nacional, destaque na Libertadores, Thiago Ribeiro (empréstimo) e Danilo Pires também por empréstimo do Santa Cruz. Carlos César, Giovanni Augusto e Patric voltaram de empréstimo.

No campo, o ano de 2015 começou bem com Levir Culpi mantido no comando. No Grupo 1 da Libertadores, com Colo-Colo, Atlas-MEX e Santa Fé-COL. Um grupo complicado com campeões nacionais do Chile e Colômbia e uma viagem longa para o México. O início parecia ser bom: 04 vitórias (3 no Mineiro e 1 amistoso diante do Shakhtar Donetsk. A Libertadores não começou bem. Duas derrotas para o Colo-Colo no Chile e Atlas em casa.



Na partida no Chile, ainda sem Lucas Pratto, a equipe não se encontrou, jogou mal e perdeu. O 4-2-3-1 com Jô como referência no ataque não funcionou. A derrota contra os chilenos poderia ter sido maior, se não fosse São Victor que, mais uma vez, salvou o Galo. 



No último jogo da fase classificatória, precisando vencer por 2 gols de diferença para se classificar, o Atlético-MG foi pra cima, sufocou os chilenos, venceu e se classificou. A diferença no esquema com Guilherme, Luan, Carlos e Pratto formando o quarteto ofensivo atleticano. Levir armou a equipe no 4-2-2-2 que variava para 4-2-3-1 sem a bola, com Carlos fechando o lado direito. Douglas Santos na lateral esquerda e Edcarlos com Jemerson na zaga. Rafael Carioca protegia a zaga e, também se aventurava no ataque, como fez no segundo gol. O adversário nas oitavas de final será o Internacional.

No Campeonato Mineiro, o Galão da Massa, não teve muitas dificuldades. A boa campanha visual (9 vitórias, 3 empates e 3 derrotas), deixou claro alguns problemas. Derrotas para Boa Esporte, Caldense e América-MG demostrou que a equipe comandada por Levir não consegue furar bloqueios defensivos, vide o caso da final: A Caldense se fechava e o Galo não conseguia infiltração. Conseguiu o título nos últimos minutos do segundo tempo contra a Caldense, em posição irregular. 

Em um campeonato longo e cansativo como o Brasileirão, é preciso ter elenco e saber jogar diante de adversários que buscam o contra-atque ou “jogam por uma bola”. O Galo vai brigar pelo título do Brasileirão, apesar de ter perdido algumas peças em relação ao ano anterior.