O ano de 2014 foi praticamente perfeito para o Clube
Atlético Mineiro. Após vencer a Copa do Brasil, conquistar a Recopa
Sul-Americana e terminar o Campeonato Brasileiro em 5º lugar, o Atlético-MG
tinha a vaga garantida na fase de grupos da Libertadores na atual edição.
O ano de 2015 começou e mercado da bola se movimentou. Diego
Tardelli, principal atacante atleticano, recebeu proposta milionária chinesa,
mais precisamente do Shandong Luneng, onde está o técnico Cuca e não teve
escolha: foi para o Oriente. Sem falar nas perdas de Réver para o
Internacional, Serginho para o Vasco, Alex Silva que voltou para o Sport, Pierre
para o Fluminense, entre outros.
Mas a diretoria já imaginava a perda de Tardelli. Não pensou
duas vezes. Ainda em 2014, trouxe Lucas Pratto, atacante, argentino, ex-Vélez
Sarfield, destaque no Camp. Argentino e Libertadores. Trouxe também Sherman
Cárdenas, meia colombiano, ex-Atlético Nacional, destaque na Libertadores,
Thiago Ribeiro (empréstimo) e Danilo Pires também por empréstimo do Santa Cruz.
Carlos César, Giovanni Augusto e Patric voltaram de empréstimo.
No campo, o ano de 2015 começou bem com Levir Culpi mantido no comando. No Grupo 1 da Libertadores,
com Colo-Colo, Atlas-MEX e Santa Fé-COL. Um grupo complicado com campeões
nacionais do Chile e Colômbia e uma viagem longa para o México. O início
parecia ser bom: 04 vitórias (3 no Mineiro e 1 amistoso diante do Shakhtar
Donetsk. A Libertadores não começou bem. Duas derrotas para o Colo-Colo no
Chile e Atlas em casa.
Na partida no Chile, ainda sem Lucas Pratto, a equipe não se
encontrou, jogou mal e perdeu. O 4-2-3-1 com Jô como referência no ataque não
funcionou. A derrota contra os chilenos poderia ter sido maior, se não fosse São Victor que, mais uma vez, salvou o Galo.
No último jogo da fase classificatória, precisando vencer
por 2 gols de diferença para se classificar, o Atlético-MG foi pra cima,
sufocou os chilenos, venceu e se classificou. A diferença no esquema com
Guilherme, Luan, Carlos e Pratto formando o quarteto ofensivo atleticano. Levir armou a equipe no 4-2-2-2 que variava para 4-2-3-1 sem a bola, com Carlos fechando o lado
direito. Douglas Santos na lateral
esquerda e Edcarlos com Jemerson na zaga. Rafael Carioca protegia a zaga e, também se aventurava no ataque,
como fez no segundo gol. O adversário nas oitavas de final será o Internacional.
No Campeonato Mineiro, o Galão da Massa, não teve muitas
dificuldades. A boa campanha visual (9 vitórias, 3 empates e 3 derrotas), deixou
claro alguns problemas. Derrotas para Boa Esporte, Caldense e América-MG demostrou
que a equipe comandada por Levir não consegue furar bloqueios defensivos, vide o caso da
final: A Caldense se fechava e o Galo não conseguia infiltração. Conseguiu o título nos últimos minutos do segundo tempo contra a Caldense, em posição irregular.
Em um campeonato longo e cansativo como o Brasileirão, é
preciso ter elenco e saber jogar diante de adversários que buscam o
contra-atque ou “jogam por uma bola”. O Galo vai brigar pelo título do Brasileirão, apesar de ter
perdido algumas peças em relação ao ano anterior.