Santos chega ao campeonato brasileiro como campeão paulista após bater o rival Palmeiras nos pênaltis numa final disputadíssima, na qual onde se pode identificar o modelo de jogo da equipe comandada por Marcelo Fernandes, originalmente interino, que foi efetivado no cargo com seu jeito boleiro dentro do ambiente do clube.
O esquema tático base do Santos é o 4-2-3-1, cujas principais peças para seu funcionamento são Lucas Lima e Robinho. Isso porque o camisa 20 desloca pelos lados do campo para preencher a lacuna que Robinho - displicente taticamente -, deixa. Por outro lado, o camisa 7, referencia técnica da equipe, tem a total liberdade para se movimentar pelo campo, sendo o fator de desequilíbrio da equipe, sem contar o faro de gol de Ricardo Oliveira, centroavante que não fica apenas fixo na área, mas que também se movimenta, coroado com 11 gols e craque do campeonato, e a velocidade de Geuvânio pelo lado direito.
A dinâmica ofensiva do Santos consiste na velocidade e movimentação do quarteto ofensivo somado ao apoio constante dos laterais no campo ofensivo, como pede a escola do clube alvinegro de futebol vistoso, porém, sem a bola, o que se vê do alvinegro praiano é um time espaçado, onde suas linhas não são próximas o suficiente para se compactarem e assim ceder menos espaços ao adversário. Apesar de alguns momentos a tentativa de compactação do Santos seja visível dentro das quatro linhas. Para um mata-mata como o do Campeonato Paulista ou da Copa do Brasil essa prática que é característica da escola brasileira pode funcionar, mas num campeonato de pontos corridos isso pode prejudicar demais a equipe. Para diminuir os prejuízos que essa prática ofensiva do Santos provoca, Valencia recua muitas vezes para ficar entre os zagueiros, para proteger a equipe defensivamente.
Se manter suas peças principais o Santos pode conseguir grandes proezas, e se Marcelo Fernandes equilibrar o talento de seus principais jogadores e a essência ofensiva do time com uma disciplina tática mais exigente,o Santos pode sonhar mais do que um meio de tabela no campeonato brasileiro e pode até calar mais uma vez a imprensa, que no início do ano dizia que o time não iria longe no campeonato paulista devido ao elenco fraco comparado ao dos rivais, e as dificuldades financeiras vividas até hoje.
Por Diogo R. Martins (@diogorm013)
