1o tempo: Início avassalador do Colorado
Parecia jogo de adultos contra crianças, tal a disparidade de ritmos entre Inter e Tigres nos primeiros dez minutos da partida. Aguirre montou a sua equipe no 4-4-1-1, com Dale aberto no lado direito, Valdívia na esquerda, Lizandro de segundo atacante e Nilmar na referência. O Colorado iniciou a partida trocando muitos passes, explorando os espaços deixados pelo adversário e marcando em bloco alto, no campo do Tigres. Acuado, o time mexicano não conseguia sair de trás, tampouco ficar com a posse da bola. Todos os atletas do Inter ajudavam na marcação, inclusive Nilmar, que marcava a saída de bola dos zagueiros adversários. Em um desses movimentos, logo aos 4 minutos, surgiu o primeiro gol do Inter: Nilmar pressionou Arévalo Rios, que errou o passe e deu um "presente" para Dale, sozinho, arrematar de primeira e abrir o placar. As imagens abaixo detalham a jogada.
Frame 1: Arévalo Rios vai tentar recuar a bola. Perceba que o volante é cercado por três jogadores Colorados - inclusive Nilmar. No meio, perceba Dale se projetando sozinho, sem o acompanhamento de nenhum defensor do Tigres
Frame 2: Nilmar desvia o passe de Arévalo. Não há nenhum jogador do Tigres perto da bola. Três jogadores do Inter se projetam para o lado pro qual ela foi interceptada
Frame 3: Dale - sozinho - chega antes de todo mundo, bate de primeira e marca o gol. A marcação em bloco alto deu resultado
O gol fez com que o Tigres finalmente acordasse e passasse a estabelecer o seu jogo diante do Inter. Guido Pizarro era o responsável por fazer o primeiro passe, armando o jogo do Tigres. Nas vezes em que a saída de três dos mexicanos não funcionava em função da marcação Colorada, a bola era rifada para Gignac, que sempre ganhava por cima - mesmo tendo Alan Costa e Ernando no seu encalço. O Tigres passou a atacar muito pela esquerda, onde tinha Torres Nilo como a válvula de escape e Aquino como o jogador mais agudo do time. Liso, o meia da seleção mexicana passou a ter vitória pessoal sobre William, fazendo com que o seu time achasse muitos espaços no setor. Detalhe também para a recomposição de D´Alessandro: o argentino acompanhava o lateral adversário somente até a linha do meio do campo, fazendo com que William por vezes ficasse no 1 contra 2.
No 4-4-1-1 do Tigres, Sóbis era o segundo atacante, mas por vezes o ex-colorado trocava de posição com Aquino, assumindo o lado esquerdo. Em um desses movimentos saiu o gol dos mexicanos: livre, Sóbis recebeu na esquerda e botou na área, Ayala desviou e diminuiu o placar.
O gol abalou o Inter, que passou a recuar ainda mais em campo. O Tigres pressionou ainda mais e só não empatou porque Gignac perdeu duas chances na cara de Alisson. O primeiro tempo acabou com domínio do time mexicano.
1o tempo: Inter pressiona Tigres contra o seu campo
O Inter voltou mais atento e intenso na segunda etapa. Logo no início, a expulsão de Ayala mudou o panorama da partida. O Tigres passou a atuar num 4-4-1 com as duas linhas bem compactadas. O Inter trocou muitos passes (365, contra apenas 219 do Tigres) e passou a tentar o gol a todo o custo, mas não conseguiu penetrar no ferrolho defensivo do adversário. Aguirre colocou Sasha, montando o Inter num 4-2-3-1 para ter mais intensidade dos dois lados, mas o meia não entrou bem no jogo. No lado esquerdo, Valdívia não tinha o apoio de Geferson para dar acabamento para as jogadas. Lizandro Lopez ainda teve duas boas chances para marcar, mas não conseguiu o tento.
No fim das contas, o 2 a 1 ficou com um "gostinho de quero-mais". O resultado dá ao Inter a vantagem do empate na casa do adversário.
