domingo, 5 de julho de 2015

O péssimo jogo de tricolores no Morumbi

São Paulo e Fluminense de fato protagonizaram um jogo péssima nos termos de qualidade. Mas nos termos táticos vale destacar o confronto entre posse de bola x jogo reativo, uma vez que ambas as equipes (postadas no 4-1-4-1) assumiram propostas de jogo diferentes, respectivamente.

time da casa propôs mais o jogo, valorizando o passe e a posse de bola, usando e abusando das jogadas pelos lados, porém, muitas vezes a equipe se mostrou descompacta, cedendo espaços ao Fluminense que muitas vezes se postava de forma compacta com até 10 jogadores atrás da linha da bola, como o São Paulo cedia espaços e não conseguia concluir suas chances, o Fluminense teve diversas oportunidades de contragolpe para marcar o gol. 

Durante toda a partida o Tricolor Paulista se mostrou um time com extrema letargia ofensiva, com uma tomada de decisões lenta e pouca movimentação na frente, inclusive dos medalhões que compõem o seu sistema ofensivo. 




Na segunda etapa o panorama tático se manteve, com o Fluminense se retraindo ainda mais, e apostando ainda mais na transição veloz ao retomar a bola. Com Gerson fazendo uma partida ruim, Lucas Gomes entrou com a função de dar mais incisividade a essa transição veloz, Higor e Gustavo Scarpa pelo lado esquerdo também, o mesmo serviu para a entrada de Centurion para o time mandante. 

Se os sistemas táticos se mantiveram com as alterações (Rodrigo Caio assumiu a função de ficar entre as linhas do 4-1-4-1 do São Paulo, com isso Lucão foi recuado para a defesa), a qualidade da partida também.

O Fluminens dentro da postura que assumiu entrar em campo, foi bem, apenas faltou acertar o contra-ataque. Os jogadores do São Paulo precisam se adequar ao que Osório pede. Não é apenas o treinador que tem que se adaptar ao modo de trabalho. E além disso, é preciso dar tempo para que o colombiano monte a equipe com as opções que tem de um elenco que vem se desfragmentando pelas dificuldades financeiras do São Paulo, e que eles compreendam, tenham a consciência tática de jogo coletivo moderno, onde todos marcam e todos jogam.




Por Diogo R. Martins (@diogorm013)