Os prazeres do desemprego nos brindaram a oportunidade de desfrutar de um grandíssimo clássico inglês. Uma fria e chuvosa tarde de segunda feira, tão tradicionais no norte de Londres, para ser curtida em grande estilo. Eis que, para total deleite total, Arsenal e Liverpool fizeram o melhor jogo do campeonato inglês até aqui. Um 0x0 de estirpe, de almanaque. Sem poder contar com Henderson, Brendan Rodgers promoveu o retorno de Lucas como primeiro volante. Assim, os reds encaixotaram o Arsenal nos minutos iniciais com um 4-1-4-1 que espelhava a marcação no 4-2-3-1 de Wenger.
Na segunda etapa, Wenger colocou o Arsenal dentro do campo do Liverpool com muita intensidade. Alexis Sanchez e Ramsey pressionavam a saída de Clyne e Gomez, os dois jovens laterais dos reds, ao passo de Ozil, Coquelin e Cazorla ganahavam o duelo do meio contra Lucas, Can e Milner. Supremacia do Arsenal que tomou conta dos últimos metros do campo do Liverpool. Foi a vez de Mignolet e a trave evitarem a abertura do marcador no Emirates. Wenger buscou maior movimentação no ataque com o ingresso de Walcott como falso 9, no lugar de Giroud. Rodger fechou o meio com Ibe e Alberto Moreno pelos flancos, evitando a subida constante de Monreal e Bellerín. O jovem volante Rossiter também foi a campo para evitar o domínio do Arsenal, com Milner recuado para a posição de volante central no lugar de Lucas. Wenger foi com tudo em busca da vitória sacando Coquelin, seu melhor marcador, para a entrada de Chamberlain na ponta direita. No final o 0x0 não refletiu o bom jogo em Londres, como comprovam as estatísticas: foram 19 tiros a meta do Liverpool, contra 15 chutes em direção ao gol defendido por Cech. O Liverpool segue sem sofrer gols na Premier League, enquanto o Arsenal mostrou bons argumentos após a derrota na estreia contra o West Ham e a vitória sofrida contra o Crystal Palace na segunda rodada.