quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Fluminense foi sólido e venceu o apático São Paulo

Eduardo Baptista, técnico de conceitos modernos, já deu a sua cara ao time do Fluminense.  O time já possui a identidade do treinador. Linhas compactas, transições rápidas, marcação em bloco, por zona, e inteligência para jogar. Tendo como esquema base o 4-2-3-1, que defensivamente se desdobrava em duas linhas de quatro, variando assim para o 4-4-1-1 ou 4-4-2.

Veja a distância entre as linhas do Fluminense, e como a equipe carioca era eficiente na marcação. Todos os jogadores marcavam de frente, ocupavam espaços, não corriam atrás do adversário o tempo inteiro. Percebe-se também como o São Paulo é letárgico ofensivamente. Time lento, apático, previsível, e que não procura fazer o jogo entre as linhas para criar oportunidades, méritos do tricolor carioca, que marcava em bloco de forma eficiente, negando espaços ao tricolor carioca.

Mas o Fluminense não é um time "retranqueiro". Sabe também jogar com a bola dentro da sua proposta de jogo. Passes rápidos, curtos e objetivos, transição veloz aproveitando os espaços que o adversário cede para poder ganhar, volantes contribuindo na saída de bola (recuando entre os zagueiros para receber a bola, enquanto que os laterais avançam para o campo de ataque, gerando amplitude) e projetando-se no campo de ataque. Tais virtudes fizeram o tricolor carioca ser merecedor da vitória no Maracanã.

Por outro lado, o Tricolor Paulista, também postado no 4-2-3-1, na estreia de seu novo treinador demonstrou ser um time lento para atacar e defender, com dificuldades na saída de bola, já que Hudson não é um volante de bom passe e leitura de jogo para construir o jogo na defesa. E como já foi dito, a letargia da equipe para construir jogadas era nítida. Time estático. 

Na segunda etapa a entrada de Wesley proporcionou que Thiago Mendes fosse reposicionado na posição de Hudson, e com isso a saída de bola do tricolor paulista se ajustou, e a equipe melhorou a produção ofensiva, tendo certo domínio, mas mesmo assim faltou propor o jogo e ter mais incisividade, além de movimentação entre as linhas de marcação para gerar espaços onde se possa criar chances de gol. 

4-2-3-1 do São Paulo.

Por Diogo R. Martins (@diogorm013)